17 Dezembro 2015
A Conferência Episcopal da Igreja Católica na Índia convidou-nos para um jantar de Natal. O clero é sempre o clero. Ou seja, sempre que vivi fora é sempre um apoio, encontro com paz e fé que nos faz sentir em casa. Foi assim que nos sentimos mas, ao mesmo tempo, uma descoberta, para mim, da presença de diferentes ritos da Igreja Católica.
Na Índia, a Igreja Católica está presente com três ritos diferentes. O rito latino através da Igreja Católica Apostólica Romana, como sempre a conheci. Mas estavam presentes mais dois ritos. O rito Caldeu através da Igreja Siríaca Malabar Católica e o rito Antioqueno através da Igreja Siríaca Malancar. Ambas têm obediência ao Papa e ambas têm a maioria dos fiéis no Estado de Kerala, no sul da Índia.
A Igreja Siríaca Malabar é a segunda maior Igreja Católica Oriental no mundo, com cerca de 3,8 milhões de católicos, dos quais 2,9 milhões vive na Índia. É, actualmente, a maior comunidade cristã dos seguidores de S. Tomé na Índia e está ligada à Santa Sé desde 1599.
A Igreja Siríaca Malancar tem cerca de 500 mil católicos na Índia e algumas dezenas de milhares de católicos espalhados por outros países. Também tem a sua fundação em S. Tomé e está em comunhão com a Santa Sé desde 1930.
Segundo a lenda, o cristianismo chegou à Índia através de S. Tomé com o rito oriental. O Catolicismo só chegou à costa do Malabar através de missionários portugueses, em especial de S. Francisco Xavier.
Os dirigentes de ambas as Igrejas usam vestes completamente diferentes das que estamos habituados a ver e ambas usam como língua malaiala, língua do Estado de Kerala.
A Conferência Episcopal na Índia é a quarta maior do mundo, com 183 dioceses, só atrás do Brasil, Estados Unidos e Itália. Ficámos com curiosidade e contamos, um dia destes, ir a uma celebração destas Igrejas para tentar conhecê-las melhor.
Que bom Raquel, já aprendi algo hoje. Muito interessante.
ReplyDeleteBom ter notícias fresquinhas da vossa estadia na Índia. Um Santo e muito Feliz Natal para ti e para o João.
Obrigada Raquelucha. É tão bom ler-te. Parece que estamos aí convosco. E é bom ir conhecendo a Índia através dos teus olhos.
ReplyDeleteÉ uma sorte ir lendo tantas coisa novas, e contadas na primeira pessoa.
ReplyDeleteObrigada pela partilha.