Passados sete anos, exatamente sete anos, volto a pegar no livro Eat, pray and love.
Elizabeth Gilbert é uma mulher à procura de tudo, mas acima de tudo à procura do mais importante da vida. Assim, decide partir nesta aventura em que a cada um dos verbos corresponde um país: Itália, India e Indonésia, respetivamente.
Agora que estou a entrar na parte da Índia, no livro e na vida, aqui fica esta sugestão. Não vou adiantar mais para não perder a graça.
Ps - Sandra M. há sete anos mostraste-me este livro que me encheu na altura. Hoje, sinto-me mesmo a transbordar!!! Dhanyawad que quer dizer obrigada.
Uma iniciativa fascinante que só acontece na Índia, mais precisamente, na cidade de Bombaim. Uma ideia completamente inovadora que começou no fim do sec. XIX e que surge para responder à necessidade de almoçar fora de casa. Absolutamente brilhante!
Dabba significa lancheira, normalmente cilíndrica e de alumínio Dabbawala é aquele que distribui as lancheiras. São envolvidos nesta distribuição entre 4 mil e 5 mil Dabbawalas.
Mahadeo Havaji Bachche foi quem começou um serviço de distribuição, em 1890, com cem homens. Depois em 1930, tentou fazer de forma informal uma união de dabbawallas. Em 1956, um trust de caridade registou esta iniciativa com o nome de Nutan Mumbai Tiffin Box Suppliers Trust. E em, 1968, este trust foi registado como Mumbai Tiffin Supplier's Association. Hoje, o seu presidente é Raghunath Medge.
A distribuição é feita de bicicleta ou de comboio. O Dabbawalla recolhe a lancheira em casa do trabalhador ou em mini restaurantes que preparam as lancheiras. E como há muitos Dabbawallas que não sabem ler, há um processo de identificação das lancheiras com cores e símbolos. Diz-se que os Dabbawallas nunca se enganam. Parece que fazem menos de um erro por cada seis milhões de entregas, o que não está cientificamente comprovado, mas para dizer que raramente há erros.
Vale mesmo a pena ver o filme porque nunca vi nada tão genial como esta iniciativa que mobiliza e implica tantas, tantas pessoas.